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29-dezembro-2018

5 tendências que em 2019 irão transformar a indústria tal como a conhecemos

Tecnologia

Neste artigo contamos-lhe algumas das principais tendências que prometem revolucionar a indústria transformadora no futuro, sendo que em 2019 poderemos começar a denotar os primeiros sinais.

1. Internet das Coisas (IdC) e Ciber-segurança

Através da IdC, várias máquinas e dispositivos industriais poderão estar conectados à internet ou a sistemas centralizados, permitindo aos fabricantes aceder facilmente a bases de dados ricas em informação sobre as suas unidades de produção, podendo ser utilizadas para a monitorização de fluxos produtivos, gestão de inventários, entre outros processos.
 

Com a IdC a penetrar no setor industrial, prevê-se que os fabricantes estejam mais expostos a possíveis ciber-ataques, representando sérias ameaças aos seus negócios. Assim sendo, as empresas necessitarão de desenvolver numa perspetiva de reforço contínuo, novas formas de salvaguardar a sua informação privilegiada.

2. Realidade aumentada

Consiste no processo de efetuar uma sobreposição de gráficos digitais e imagens em objetos reais através da vista de uma câmara, por exemplo como acontece com os filtros criados no Snapchat ou com o Pokémon Go. Nas indústrias, este recurso irá estar associado aos seguintes processos:

  • Prototipagem – os fabricantes poderão efetuar renderizações digitais de produtos em situações no mundo real e testar fatores como o design visual e as dimensões, economizando o tempo e dinheiro de construção de um protótipo;
  • Testes – a realidade aumentada permitirá aos operadores sobrepor e visualizar informação técnica com a que é advinda dos sensores das máquinas, efetuando testes com base nas mesmas;
  • Reparações – quando a máquina avariar, poderá ser possível identificar a raiz do problema, sincronizando informação técnica e dos sensores da máquina a manuais de instruções digitais, permitindo aos técnicos, diagnosticar e resolver o problema mais rapidamente;
  • Formação – ao mostrar informação detalhada e modelos, esta opção permitirá aos formandos aprender, treinar e simular programas de forma segura, sem a necessidade de utilizar a própria máquina.

3. Robótica

Os robôs colaborativos estão a crescer em número, a tornar-se mais sofisticados, mais pequenos, mais inteligentes e mais integrados com as tarefas humanas.

Os robôs industriais passarão a integrar uma componente de Big Data Analytics, ou seja, serão uma fonte chave de coleta de uma grande quantidade de dados decorrentes das atividades fabris, o que representará um desafio bastante exigente para os fabricantes no que concerne à organização e análise desta informação.

4. Otimização de ativos

Softwares preditivos de aplicação de modelos empíricos e de conhecimentos de processos, combinando com informação dos ativos, permitirão efetuar uma abordagem de otimização dos ativos para toda a produção e para todo o tempo de atividade da respetiva unidade de produção. Abrange todas as fases, desde o capital de investimento, às operações de fabricação, passando pela fase de reinvestimento de capital, até a um eventual encerramento da atividade. Estes softwares representam uma vantagem competitiva, possibilitando às empresas obter estatísticas que lhes permitem obter previsões de dados de produção, perdas, e recomendações de ações que sirvam para mitigar ou prevenir problemas.

5. Blockchain

No seu artigo, Marcos Villa indica que a tecnologia Blockchain (também conhecido como “o protocolo da confiança”) foi criada em 2008 como forma de registar todas as transações (ex: transferências) já realizadas (ou seja, o histórico) com as unidades da moeda virtual Bitcoin.

O site Funds People salienta que numa blockchain, a informação está centralizada do ponto de vista lógico e descentralizada do ponto de vista físico. O acesso aos dados produz-se de forma mais ou menos instantânea e podem ser replicados em tempo real. Além disso, a informação está encriptada, ou seja, está protegida por mecanismos matemáticos que fazem com que seja impossível piratear o registo de propriedade e transações.

Marcos Villa refere que nas chamadas “redes permitidas”, empresas são convidadas a partilhar e registar dados de um produto em um mesmo blockchain: uma fábrica pode registar dados de projeto e produção, uma empresa de logística pode registar dados de transporte e armazenamento, clientes podem registar dados de utilização, uma empresa de assistência técnica pode registar dados das atividades de apoio (corretivas e preventivas) e, por fim, empresas de tratamento de resíduos podem registar o destino final de um produto. Todas as transações já realizadas com um produto estão em um mesmo lugar.

Numa análise transversal a estas tendências para a indústria em 2019, a palavra-chave que sobressai e que acarreta um grande desafio é “dados”. Entende-se que poderá será uma vantagem competitiva para empresas utilizarem a tecnologia de forma a aproveitarem esses mesmos dados em benefício dos seus negócios, e através dos mesmos, obter os melhores ganhos em termos produtivos.

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