Início/Blog/Qual o posicionador indicado para as diferentes estruturas cilíndricas?

voltar

06-julho-2020

Qual o posicionador indicado para as diferentes estruturas cilíndricas?

Tecnologia, Posicionadores

O recente crescimento das aplicações de energia renovável offshore e a mudança de paradigma dos fabricantes de cisternas e camiões, trouxeram novos desafios para o mundo industrial que se depara agora com estruturas de maior dimensão e, consequentemente, mais exigentes a nivel de manipulação.

São cada vez mais os fabricantes que nos questionam sobre qual o sistema de manipulação mais indicado para um determinado tipo de estrutura?

A resposta não é direta, mas podemos dizer que o mais importante é analisarmos a variedade e o tipo de produção:

  • Quantos modelos temos? 
  • Queremos manipular estruturas cilíndricas simples como torres eólicas, ou queremos manipular cisternas? 
  • Queremos manipular geometrias tubulares mais complexas como os jackets dos monopiles ou de plataforma petrolíferas?
  • Quais os processos onde estes sistemas vão ser integrados? Soldadura, pintura, decapagem, …?

     
  1. TORRES EÓLICAS

Visto que as torres são sobretudo superfícies lisas, viradores são a melhor opção. A carga e descarga é fácil e o setup é bastante reduzido. 

Existem vários tipos de viradores:

  • Viradores Fixos

    Os viradores de rolos fixos são mais económicos, indicados para quando trabalhamos sempre o mesmo modelo, visto que a afinação do diâmetro é manual.
     
  • Viradores Oscilantes

    Indicados para um ajuste automático dos viradores ao diâmetro da estrutura, no caso dos viradores de rolos oscilantes, o próprio peso e dimensões da peça forçam as cabeças oscilantes dos viradores a movimentarem-se para acomodar a torre e estas acabam por ficar numa posição ótima de suporte.
     
  • Viradores de Fit-Up

    Os viradores de Fit-Up possuem afinação de altura através de um sistema hidráulico, permitindo um movimento de elevação da torre. Isto aplica-se sobretudo quando temos duas virolas e as queremos soldar uma com a outra. Nestes casos temos de garantir o melhor contacto possível para a soldadura e muitas vezes é necessária a afinação da altura.

Informações importantes:

  • Quando os viradores são integrado em processos mais invasivos (por exemplo pintura e metalização) algumas modificações têm de ser feitas a estes, de maneira a garantir não só o funcionamento do próprio equipamento, mas sobretudo a segurança do posto de trabalho;
  • Os viradores têm a opção de motorização não só no movimento de rotação das rodas de maneira a girar as torres, mas também de translação de maneira a movimentá-las dentro da fábrica

     

Por último, é importante notar, que apesar de muitos fabricantes utilizarem viradores tradicionais no tratamento de superfícies, a Motofil desenvolveu posicionadores especiais para a pintura. Nestes posicionadores, a movimentação da peça é feita sem contacto exterior, o que se traduz num processo de pintura mais eficaz e com menores necessidades de retrabalho. 


 

  1. CISTERNAS, GALERAS E CHASSIS 

Aqui, pela própria geometria irregular das cisternas, é mais difícil utilizar viradores, pelo que quem fabrica cisternas e este tipo de peças acaba por utilizar posicionares tipo torno. Estes posicionadores podem estar preparados para operação manual ou ser integrados numa instalação robotizada de soldadura.

  • Operação Manual 

    Ao contrário dos viradores, estes têm um sistema de acoplamento nas pontas (nos viradores, na maior parte das aplicações a peça está “pousada” e não “amarrada” ao sistema de manipulação) e estão equipados com um movimento de elevação motorizado. Esta motorização permite maior ergonomia para o operador, pois permite-lhe carregar a peça em baixa altura ao solo de maneira a garantir a maior segurança possível, e permite também que após isso ele eleva peça conforme as suas necessidades para efetuar a soldadura. Também é possível equipar os posicionadores com motorização para translação. 
     
  • Instalações Robotizadas

    A principal diferença em relação aos posicionadores manuais, é que aqui todos os movimentos são servocontrolados de maneira a garantir uma boa operação com o robot. Também é importante notar que pode existir um ajuste ao comprimento dos posicionadores ao deslocar o contraponto, entes deslocamento pode ser feito de forma motorizada ou manual.  


 

  1. JACKETS E ESTRUTURAS COMPLEXAS

Existem também casos em que apesar de tubulares, a estruturas têm uma geometria de elevada complexidade, como por exemplo jackets. Aqui de maneira a garantir que os robots conseguem aceder às juntas, é necessário primeiro que seja possível manipular a peça em 5 eixos, daí a necessidade de utilizar posicionadores orbitais, e que no robot esteja numa posição ótima para trabalhar com o posicionador, o que normalmente implica que ele esteja “pendurado” com liberdade de movimentos em X,Y,Z. 
Esta combinação não garante que a soldadura seja sempre possível e em posição ótima, mas é a solução mais flexível e que melhor responde a peças com um nível tão elevado de exigência de acessos.

 

 

Para além do que foi descrito em cima, existem muitos outros fatores que condicionam a escolha de um sistema de manipulação (volume produção, orçamento, processo de fabricação, layout da fábrica, …). Por isso, a melhor solução é olhar para o desafio e discutir as melhores opções e um fabricante de máquinas industriais, como a Motofil.


 

N/D

/ N/D